Na semana passada quando estava a voltar para casa de autocarro, reparei em ti e fiquei a pensar.

Quando te vi sair lembrei-me da nossa primeira conversa... Tu andavas no 6º ano, eu no 5º e por coicidência eras o número 10, assim como eu. Estavas de saia, com um corte de cabelo recto, mais parecida com a tua mãe do que nunca, sentada no primeiro assento do veiculo.

A partir daí só me lembro de fazer parte da mesma equipa que tu, percorrer Portugal, inclusive ilhas contigo ao lado, ver-te a voar em cada jogo de voleibol que tinhamos, abraçar-te sempre que te via, ir a correr para ti e saber que qualquer que fosse o teu humor irias me dar um daqueles teus beijos que dão vontade de carregar no 'replay' para receber muitos mais, ouvir a tua voz durante muitos dias a insistir comigo por se passar algo, fazeres me cocegas como mais ninguém faz...

Foram muitas coisas, muitas mesmo.

Tornaste-te numa das pessoas que mais me acompanhou nos ultimos anos, conheces-me bem.

De tudo o que disse sobre ti não me arrependo de nem uma única palavra: "és das melhores pessoas que conheço e és das que mais me orgulho."

Já chorei por pensar que daqui a uns meses vou-te perder para a Universidade, vou-te deixar de ver todos os dias e acima de tudo de ter o teu carinho permanente, mas no fundo sei que sempre que te vir, quer aqui, quer do outro lado do mundo vou correr para ti, como faço há anos, e abraçar-te, como sempre fiz.

Provavelmente não vais ver isto, mas não tem mal... Não te esqueças do que prometeste, apenas isso...